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FICA no Rio de Janeiro: Brechas Tecnológicas na Gamboa

Em setembro estivemos no Rio de Janeiro para o evento “CONVERSAÇÕES: Brechas Tecnológicas”, realizado em parceria entre o FICA e a Lanchonete Lanchonete. A Lanchonete Lanchonete é uma organização que desenvolve ações sobre o tema da moradia, saúde, alimentação, geração de renda e educação no território da Gamboa, também conhecido como Pequena África, para mães residentes em ocupações informais do local.

Atualmente, o espaço desempenha um papel importante na comunidade local – serve como um espaço de atividades extracurriculares e de apoio às crianças da vizinhança, oferecendo um ambiente acolhedor para suas mães; além de oferecer serviços de apoio psicossocial e oportunidades de geração de renda.

Localizada em um galpão alugado, a Lanchonete Lanchonete oferece uma série de instalações, incluindo uma cozinha coletiva totalmente equipada, uma área de encontro com mesas e recursos para atividades artísticas e apresentações circenses. Também mantém uma horta comunitária e disponibiliza banheiros completos para atender às necessidades dos membros da comunidade. 

Durante os dois dias que passamos lá, realizamos uma visita guiada pela Lanchonete Lanchonete no território de atuação, participamos de uma oficina de projeto de reforma de um cortiço para uma possível parceria da Lanchonete com o proprietário e também fizemos uma roda de conversa com convidados. Nesses eventos o principal aprendizado que tivemos foi sobre o fortalecimento de uma comunidade, como construir e preservar, e como atuar de maneira participativa com aqueles que queremos beneficiar. 

Pequena África

O território da Gamboa, no Rio de Janeiro, é conhecido como “Pequena África” devido à sua história como um importante centro da cultura afro-brasileira e afro-carioca. A designação é uma referência à grande concentração de africanos e afrodescendentes que viveram na região e à rica herança cultural que eles trouxeram consigo.

Durante o período da escravidão no Brasil, a Gamboa era um local onde muitos africanos escravizados desembarcavam e eram comercializados. Com o passar do tempo, à medida que a escravidão foi abolida e a população afrodescendente cresceu, a Gamboa se tornou um centro de cultura africana e afro-brasileira.

Nesse bairro, floresceram tradições culturais, como a música, a dança, a religião e a culinária de origem africana, que influenciaram profundamente a cultura carioca e brasileira em geral. Hoje, o território é reconhecido por seu patrimônio cultural e histórico ligado à diáspora africana no Brasil.